A chamada Rota Destroy (ou Caminho do Bakalao como você a conheceu mais mediáticamente) foi herdeira direta da “movida valenciana” e foi o maior movimento de boates de Espanha. Iniciou em certos aspectos o movimento de boates por todo o país, e teve resultâncias a longo prazo sobre a forma de lazer nocturno em Portugal.
O rumo Destroy inscreve-se no tema de um povo recém-saído de uma alteração democrática após a data franquista, que em outros domínios da cultura teve as suas consequências, como o cinema de achar. A legislação espanhola, em tudo o que diz respeito ao lazer noturno, ainda era muito imatura, devido ao legado do franquismo, e estava cheia de vazios legais, que foram explorados por empresários destas discotecas. A isso juntou-se a menor angústia e infos sobre isso as drogas que havia no país. Também acabou derivando no culto às discotecas, introduzindo em Portugal uma música de dança baseada em sons de importação que assiduamente traziam os Dj, políticos ou não, a partir de Londres, Manchester e outras cidades europeias. Isso levou a mais tarde chamada Rota Destroy.
O termo “movida valenciana”, efetivamente, foi estendido pra incluir a movida discotequera da Rota Destroy. No final da década de 1970, em plena alteração espanhola e durante a era pós-punk e new romantic (a chamada era new wave), da cidade de Valência começou a florescer, não apenas musicalmente, contudo bem como culturalmente.
Começaram a apresentar-se grupos musicais autóctones, com uma marcada tendência vanguardista, e de uma forma menos mediática que em Madrid. Diz-Se que, sempre que em Madrid, os iniciadores do movimento foram Kaka de Luxe e Burning, em Valência foram, em 1979, A Banda de Gaal e, em seguida, Necrotério.
Além do mais, em consequência a esta abertura, em Valência, a sons não tão convencionais, vários grupos estrangeiros introduziam-se em Portugal por intervenção de Valência, como o caso do Soft Cell. As pessoas começaram a se interessar ainda mais por estes sons de synth pop, new wave, rock gótico, etc, na sua maioria, provenientes do Reino Unido, numa época com amplo interferência da música ligeira e do cantor e compositor. Naquele instante, no entanto, ainda não havia nenhuma discoteca que de fato pinchase essa classe de sons. A discoteca Barraca, já veterana pela época, já havia se destacado nos últimos anos 1970 por aspirar diferenciar-se, de alguma mandeira, do resto de comodidades tipo febre de sábado à noite.
em torno de 1980, Juan Santamaría time ainda esta sala pra certificar seu modo peculiar tão eclético. Em 1982, substituiu-o na cabine Carlos Simó, Dj muito influenciado por Santamaría, e impresso ao modo musical da sala uma ênfase ainda maior na chamada “música branca”, ou música de raízes brancas.
Também, a Barraca foi uma das primeiras salas espanholas, onde fizeram aparecimento das drag-queens, como a famosa Faraona. Outros aspectos a frisar nesta sala foram sua cabeça giratória, sua piscina, onde as pessoas se banhava de modo desinibida, os cavalos de tio-vivo, que tornaram-se marca da residência, e seu terraço.
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- , 05 de junho de 2010 | 12:Vinte e um
- vinte e três de outubro de 2009 | 23:25
as Suas principais sessões foram as de sábado à noite e domingo a tarde-noite. Foi tanta a gravidade de Barraca pela madrugada desta data, que o “som Valencia” denominado como pelos próprios políticos, por volta do ano de 1986, como “música barraquera”.
Pouco depois do começo desta nova e bem-sucedida fase em Barraca, apareceu em cena outra discoteca, situada só a 200 metros da primeira. Tratava-Se de Chocolate. Também estão programados shows nesta discoteca. Mas uma peculiaridade foi que, no início, esses concertos estão programados pro fazer de dia, às sete da manhã, o que representava um ingrediente primordial para a sessão anterior, e alguma coisa totalmente inédito.
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